artigo escrito por Rodrigo Cardoso.
Há cerca de um mês, desembarquei em Buenos Aires, na Argentina, para participar na Global Youth Summit on Digital Rights, em representação da secção portuguesa da Amnistia Internacional. O evento teve lugar entre os dias 13 e 16 de abril e prometia uma imersão profunda no universo da proteção do ativismo digital, uma área cada vez mais crucial na sociedade moderna em que vivemos.
Durante a cimeira, cobri o evento através de um takeover da página de Instagram da ReAJ Lisboa (@reaj_amnistialisboa), que está agora disponível nos destaques das histórias da página e que vos convido a ir ver após lerem este artigo!
Durante os dias da cimeira, envolvi-me em debates intensos e conversas enriquecedoras. Além disso, tive a oportunidade não apenas de expandir o meu conhecimento sobre a proteção do ativismo online, mas também de interagir com uma rede global de ativistas e representantes de organizações semelhantes à Amnistia Internacional. Juntos, procurámos soluções inovadoras para combater as ameaças que os ativistas e as várias minorias acabam por enfrentar diariamente, especialmente no espaço digital, onde a batalha pelos direitos humanos é cada vez mais travada.
É difícil resumir em poucas palavras tudo o que absorvi nesses dias intensos, mas posso dizer que retornei a Portugal com uma motivação renovada. A sede de fazer mais e melhor tornou-se ainda mais forte.
Num mundo onde a tecnologia avança a passos largos, é fundamental que os defensores dos direitos humanos estejam na vanguarda da defesa digital tendo em conta que as ameaças que enfrentamos online são diversas e multifacetadas, sendo, por isso, imperativo que estejamos preparados para enfrentá-las de maneira eficaz e proativa.
Embora o caminho seja árduo e muitas vezes desafiador, é uma responsabilidade nossa, como jovens, erguer a voz em prol dos direitos humanos, de forma interseccional, reconhecendo as interconexões entre as diversas formas de opressão e trabalhando em conjunto para combatê-las.
Em suma, a Global Youth Summit on Digital Rights não apenas ampliou o meu conhecimento sobre as questões cruciais relacionadas à defesa digital, mas também reforçou o compromisso que tenho com a causa dos direitos humanos. Voltei a casa com um novo conjunto de ferramentas, ideias e conexões que me capacitam para enfrentar os desafios que estão por vir.
Foi bonito e interessante conhecer pessoas de todo o mundo, desde o Quénia às Filipinas, juntas com o mesmo propósito. É essencial que continuemos a defender e proteger os direitos de todos, em todos os espaços, online e offline. Unidos, numa só determinação, podemos construir um mundo onde os direitos humanos sejam respeitados e protegidos para todos, em todos os lugares.